quarta-feira, dezembro 31

... um pássaro branco aterrizou trazendo meu presente de Ano Novo!



sexta-feira, dezembro 26

DESEJOS

Vou dar um time no meu clock.
Daí que me adianto postando uma mensagem de final de ano que recebi da etérea Lunna para todos que me dão o prazer de sua visita. Trata-se de um poema de autor desconhecido e que cabe muito bem nesta época em que todos paramos para planejar novo rumos e continuar projetos já em andamento.
Muito obrigada pelo carinho de todos e prometo voltar em 2009 para conviver com todos vocês.


Desejos


Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que elas escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.






quinta-feira, dezembro 25

O mico do Natal


Mariana e Carol com o mesmo modelito na festa.
... mas que são um belo par de vasos, ah são!!!





segunda-feira, dezembro 22

Minha amiga poética do Blog de 7

Participei da brincadeira criativa patrocinada pelo pessoal do Blog de 7 Cabeças, um blog que frequento diariamente e que seguidamente publico poemas aqui. Incríveis, únicos, feitos por 7 cabeças brilhantíssimas.
A seguir posto na íntegra, o presente de Aline, minha amiga poética de 2008.



De: Aline Araújo
(www.dashistorias.blogspot.com)
Para: Liz Kasper (http://lizkasper.blogspot.com)

Senhores cabeças!! A minha amiga poética é uma artista.Pinta, fotografa, desenha.... Daí que fazer para ela uma poesia é coisa difícil para fazer jus à sua sensibilidade.Mesmo poesia não sendo o meu forte, fiz um esforcinho...É de coração! Aí vai o presente da minha amiga poética secreta!=D

EXCESSIVA
O mundo pálido
Quase cálido
Amanheceu e nada quis
O mundo lânguido
Quase límpido
Fez chover na flor de Liz
O mundo mórbido
Quase inóspito
Arrancou-a do jardim
O mundo mau
Quase bom
Devolveu-te num jasmim
O mundo excesso
Como tu,
É uma tela colorida
Te fez exceto em preto e branco
Nas imagens que desvela
Tem tantas cores agora
Nesse mundo, nessa tela
Que se pinta em guache tinta
Nas tuas telas de aquarela



Não é lindo¿?¿?

sábado, dezembro 20

JP, de novo

nada melhor que o cheirinho deste gatinho ruivinho para amenizar o non sence da loucura pre-natalina...





sexta-feira, dezembro 19

[...]

cansei de procurar
a pessoa certa.

agora
eu sou alvo,

vamos ver
qual pessoa acerta.

Múcio do blog de 7 cabeças

quarta-feira, dezembro 17

Eduarda e Julia


num primeiro "ensaio" para as encenações do Natal em família




terça-feira, dezembro 16

O ruivinho fashion da família fez um mês de vida.
Cresceu tanto que já está usando roupas para bebês com três meses!!!



segunda-feira, dezembro 15



Para onde vão as pessoas que amamos?

Elas chegam com a primavera no olhar

Sorriem - colocam ternura em nossas vidas

Conquistam nosso coração

E um dia, mudança de estação

Assim como chegaram, partem

E levam nossa alma.


Para onde vão as pessoas que nos conquistam?

Elas chegam com luz na alma e iluminam o nosso entorno

Marcam nossa esperança de sonhos revisitados

E um dia, assim como chegaram de mansinho

Preparam outros vôos, e se vão

[..]


(Silas Correa Leite)


domingo, dezembro 14

Foto: Eduardo Kasper

Pragas

em outra terra fértil
o amor foi plantado
mas, mal-cuidado
foi consumido
por pragas várias

para o bem
ou para o mal
se decidiu
arrancar o
amor
pela raiz

(jefferson, do Blog de 7 Cabeças)

sexta-feira, dezembro 12

Quase



não se preocupe.
esse querer,
é só esse espaço qualquer,
essa medida de tempo
que ficou lá trás,
entre o que não foi
e a espera do sempre.


paulo




quinta-feira, dezembro 11

O roseiral de Middle Stream

Não sei qual das duas é mais teimosa: ela, a roseira grudada no arame da cerca lá de casa que teima em se espraiar pro lado de fora, ou eu que insisto em puxá-la de volta, prá cá, do lado de dentro, mesmo correndo o risco de ser agredida pelos seus espinhos ferozes.
Ela é perfumosa, cheirosa ao extremo. Acho que ela quer é exibir-se e dividir com o povo que passa, o cheiro delicioso que só ela sabe o segredo e que eu, egoisticamente, só quero para mim.

Roseiras espinhentas à parte, desculpem minha ausência por aqui. Esta fase do ano me deixa down, sem vontade pra nada. É a síndrome da correria do Natal que eu simplesmente abomino.




quarta-feira, dezembro 3


Memória

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.
Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.

Carlos Drummond de Andrade



terça-feira, dezembro 2

Repeteco

Tela: Lilies - Claude Monet
Pode ser
Flores de Monet
Mar de girassóis
Tudo é tão comum
Sem ter você

Pode ser
Tela de Guignard
Sol de Renoir
Cores de cristal
iluminando o dia

Pode ser
Filme de Godard
Torres de Gaudi
Um desenho a giz
Vou ser feliz

Pode ser
E que seja assim
Se é pra sonhar
Não seja no fim

Pode ser
Chuva da manhã
Curvas de Rodin
Tudo é tão comum
Sem ter você

Pode ser
Sonhos de Dali
Traços de Miró
Só a sua luz me ilumina a vida

Pode ser
O Abaporu
Portinari azul
Tudo é tão igual
É tão comum

Pode ser o que imaginar
Sem você aqui
Só resta sonhar

(Toninho Horta)




segunda-feira, dezembro 1


Sou como
você me vê.
Posso ser leve como
uma brisa
ou forte
como uma ventania.
Depende
de quando
e como
você me
vê passar

Clarice Lispector




domingo, novembro 30

Orlando Pedroso, el Poderoso






Postado às 15:31

A dona deste pezinho charmoso é ela, Eduarda.





sábado, novembro 29


Subi a escada de papelão
Imaginada
Invocação
Não leva a nada
Não leva não
É só uma escada de papelão
Há outra entrada no Paraíso
Mais apertada
Mais, sim senhor
Foi inventada
Por um anão
E está guardada por um dragão
Eu só conheço
Este caminho
do paraíso

(Pedro Ayres de Magalhães, postado no blog da Marcia/Clarinha)

sexta-feira, novembro 28


Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

(Mário Quintana)

quinta-feira, novembro 27


perder tempo
com rosas
óperas

relógios


muda a rosa
muda o relógio

mudam as óperas

e eu aqui

surdo mudo

perdendo tempo
com o mundo


Luiz Antonio Solda em, Kamikase do Espanto

quarta-feira, novembro 26


Akureyri, Islândia -6ºC

by EduKasper, um colorado doente em terras geladas
:o)







terça-feira, novembro 25

Leonard Cohen, Beautiful Losers

O que é um santo? Um santo é alguém que conseguiu realizar uma remota possibilidade humana. É impossível dizer qual é essa possibilidade. Eu acho que tem algo a ver com a energia do amor. O contato com essa energia resulta no exercício de um tipo de balanço dentro do caos de nossa existência. Um santo não resolve esse caos; se pudesse o mundo teria mudado há muito tempo.

Não acredito que um santo dissolva o caos nem para si mesmo, pois há algo arrogante e tipicamente guerreiro na concepção de um homem colocando ordem no universo. Sua gloria é um tipo de equilíbrio. Ele desliza à deriva como um ski solto. Seu curso é a carícia do morro. Sua marca é o acúmulo de neve naquele momento específico, arranjado pelo vento e a pedra. Algo no seu interior ama o mundo de tal maneira que ele se entrega para as leis da gravidade e o acaso. Longe de voar com os anjos, ele traça com a fidelidade de uma agulha de um sismógrafo, o estado da sólida paisagem. Seu lar é perigoso e finito, mas ele esta à vontade no mundo. Ele consegue amar as formas das coisas humanas, as formas finas e tortas do coração. É bom ter entre nós tais homens, tais monstros equilibradores do amor.


Publicado originalmento no blog Obscured by clouds



domingo, novembro 23

Soma de malogros noves fora tudo

Com o desperdício de cores,
selo o fim dos meus amores.
Amor pode ser começo
de si mesmo a cada instante.

Fico no fim que mereço.
Sei que perdi: me apostei
inteiro. Mas aprendi
que não dependo (e ninguém)
só de mim para me dar.

É repartido que posso
vir um dia a merecer
a flama ardendo serena,
que resolve a diferença
entre viver e morrer.
Sei que perdi. Mas ganhei.

Thiago de Mello




sábado, novembro 22

Nosso garoto está na Islândia. Depois, se vai por um ano, de mala, família e cuia para Milão.

A trabalho, of course!



sexta-feira, novembro 21

perguntas
pelas perguntas
exatas
separadas
juntas
perguntas
pelas respostas
trêmulas
vagas
expostas
esta resposta
não é uma pergunta¿





do meu amigo Don Suelda

quinta-feira, novembro 20

Adélia Prado



Uma noite de lua pálida e gerânios
ele viria com boca e mão incríveis
tocar flauta no jardim.
Estou no começo do meu desespero
e só vejo dois caminhos:
ou viro doida ou santa.

Eu que rejeito e exprobo
o que não for natural como sangue e veias
descubro que estou chorando todo dia,
os cabelos entristecidos,
a pele assaltada de indecisão.

Quando ele vier, porque é certo que ele vem,
de que modo vou chegar ao balcão sem juventude?
A lua, os gerânios e ele serão os mesmos
- só a mulher entre as coisas envelhece.
De que modo vou abrir a janela, se não for doida?
Como a fecharei, se não for santa?





quarta-feira, novembro 19


trago na memória dados
tragados e perdidos lagos
repare, bárbara,
desencontros costuram cismas

de ambos os lados.

trazes na lembrança faltas
anseios e metais em riste
repare, bárbara,
é sina demasiada árdua

de ambos os lados.

conforme a perspectiva
descobrir que o lado
é o possí­vel imaginado
e nunca o alinhavado

não há ambos, apenas lado.

um. e o olhar, bárbara,
é o traidor deslavado.
finge, negaceia,
mas se entrega em palavras

as não ditas. pensadas.

em síntese é assunto acabado,
quando a memória é evocada.

esther


¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Ontem foi um dia atípico neste meu singelo cantinho. Tive visitas de várias partes do mundo!!!!
India
Peru
Netherlands (Países Baixos)
Portugal
Estados Unidos
Venezuela
Arábia Saudita
sem contar os brasileiros, claro.
Brasileiros e portugueses costumam visitar-se, não é novidade para mim. Mas o resto deste povo que chegou até aqui, veio atrás do que? Pelo "search" de fotos? ao acaso???
Noooossa, curiosidade mata!




terça-feira, novembro 18



[...]
DA MINHA ALDEIA vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...

Fernando Pessoa

segunda-feira, novembro 17

Foto: Raimbow by Nikosalpha

às vezes me sinto desnorteado
aqui no hemisfério sul

viro o mapa ao contrário
e nem assim encontro meu norte

claro
meu norte não é geográfico
não é político
nem está no mapa

meu norte é de carne e osso
fala e respira e anda e cala
tomara haja coração que bata
como jorra da minha bússola
o sangue que me norteia

Ewaldo Schleder, publicado no bog do Solda




domingo, novembro 16

Foto: Pixdaus

[...]

En la noche están las maravillas del mundo.
En la noche no están los ángeles guardianes, pero está el sueño.
En la noche estás tú.
En el día también.

Roberto Desnos
El Poder de la palabra






sábado, novembro 15


foto: C.A.Kasper

... por encanto

de tempos em tempos
o mundo me parece ruim.
mas só me parece...

a verdade é que há
tantos outros mundos,
tantos outros cantos
que por encanto
cada mundo traz

(paulo)

sexta-feira, novembro 14

Paula Teitelbaum

Foto: Henri Cartier-Bresson


Lanço pedras
E de quebra
Eu te lembro
Que as sombras
Não demoram
E devoram
Toda sobra
De escombro
Encroado
Nas feridas




quinta-feira, novembro 13


Uma das coisas bonitas de Porto Alegre, que tenho certeza sentirei falta, quando um dia for velha e não puder mais caminhar por aí, vai ser ver jacarandás e guapuruvús floridos durante o mês de novembro, principalmente os da Praça da Matriz.
Acho que foi Zuenir Ventura, quando esteve aqui em Porto Alegre, nesta época do ano, comentar numa crônica, que ficou sem saber se olhava para o alto, pra ver as árvores floridas, ou se olhava para o chão para ver o colorido das flores que caiam e formavam um verdadeiro tapete de pétalas no chão. Realmente ele tem razão: uma beleza ímpar e que só tem oportunidade de ver quem estiver por aqui nesta época do ano.










quarta-feira, novembro 12

Imagem: Victor Brauner/1963


para você
não vou recitar
nada
nem escrever
nada
não vou dizer
nenhuma só palavra
nenhuma palavra só
nem acompanhada
nada
só vou te beijar
e você sentirá
o gosto da minha poesia
pois todas as palavras
estão na ponta da minha língua...

Jr magal

terça-feira, novembro 11



Um dia... pronto!... me acabo.
Pois seja o que tem que ser.
Morrer que me inporta?... O diabo
É deixar de viver!

(Mário Quintana, no livro Espelho Mágico)





segunda-feira, novembro 10


Tela: autor descohecido

Algodão Doce

Todas
as noites, antes de me deitar, eu fico nua e passo uma folha de alfazema pelo corpo. Separo o dedal, as agulhas, os fios e o cetim e começo a remendar os vestidos que vou usar para você. É vestimenta antiga, vem de lá longe, meu tempo de mocinha. Em alguns eu já trabalhei tanto que eles até parecem novos. Tudo pra te fazer feliz. Todas as noites, depois do perfume, eu abro a porta do quarto. Você entra de mansinho, aponta para um daqueles vestidos, eu fico bem bonita, nós saímos de mãos dadas e vamos comer algodão doce na frente da igreja do Bom Jesus. Todas as noites eu faço de conta que você não me deixou. Então pára tudo, pára o relógio, a respiração, o coração. Até o tempo pára, meu amor, esperando que, se um dia voltar, você não note que essas roupas escondem tantos buracos dentro e fora de mim.
Almir Feijó.

(Publicado originalmente no blog do solda)

domingo, novembro 9

Foto: Pixdaus


Eu quero ter admirável paleta.
Pintar o mundo
colorir o planeta.

(Alexis Sauer)






sábado, novembro 8

João Pedro chegou!!


Dia 07, às 23h e12 min.
3 kg e 250gr e com um pé tamanho família!!!


Tem mais fotos dele na maternidade em:
João Pedro chegou





sexta-feira, novembro 7

Foto: Pixdaus



Que rosto é aquele
que o espelho me mostra
no início do dia?

Não é o da menina
que no sono eu via
a brincar de boneca
a criar fantasia.

Não é o da mocinha
que dela se ria,
mas já se escondia
sem jeito, arredia.

Não o da mulher
que das duas brotou,
que muito sonhou,
que filhos criou.

Que rosto é aquele
daquela senhora

que com simpatia

ou sem harmonia
(depende do dia)
me olha nos olhos,
e diz:
Surpresa por quê?

Não nos conhecia?

Celina

quinta-feira, novembro 6

..e à propósito da eleição de Obama


Duas charges copiadas da postagem de hoje, do blog do solda

quarta-feira, novembro 5

terça-feira, novembro 4

Oscar Wilde



Do amor que não se ousa dizer o nome
Basta-me dizer:
Meu

domingo, novembro 2

Foto sem crédito


Assim como a chita barata
que vive a efemeridade
de suas cores
Sigo aproveitando a luz
e expondo minhas flores
Antes que o tempo
que o sol
ou uma moça alheia
me rasgue sem vontade
e eu desbote
e fique feia.

Adelia Danielli

sábado, novembro 1


Embriaguês

Que pena quando a surpresa já não se faz mais presente.
Quando o inusitado já não nos visita.
Quando a sensação que fica no corpo é como a água.
Insípida. Inodora. Incolor.

Que saudade da magia do vinho.
Do sabor forte, do aroma, do gosto inebriante.
Da nostalgia de estar embriagada.

Andrea Bucci, convidada de Aline, na Semana de Convidados do Blog de 7 Cabeças

quinta-feira, outubro 30


Tem horas antigas que ficaram muito mais perto da gente do que outras de recente data.
Toda saudade é uma espécie de velhice...
Não é que faltem lembranças.
Estão espalhadas em toda a minha substância.
Meu corpo foi-se tornando um cemitério de tempo,
parece um desses bosques sagrados onde enterramos nossos mortos.
A saudade mistura tudo. A saudade não conhece o tempo.
Não se sabe o que é antes nem depois.
Tudo é presente.

(Rubem Alves)