quinta-feira, maio 31

O vaso verde de Vó Cecília



Cresci na casa de minha avó paterna. Era uma casa enorme, com cômodos sem-fim. Uma escada de madeira tão grande, que se dobrava em dois lances para nos levar ao sótão, um porão cheio de relíquias de meu avô José, pátio, horta, pomar e jardim, e mais lá embaixo, galinheiro e um curral e, ainda, um espaço imenso para os animais pastarem.
Foi neste mundão que crescemos eu e meus três irmãos.
Eu, como menina, estava condenada a me preocupar, além dos estudos e tempo de brincar, também com algumas tarefas da casa. Colher flores e colocá-las nos vasos da casa era a minha preferida. Entre os tantos vasos tinha um especial. Pequeno, não mais que dez centímetros de altura, que terminava com uma borda em forma de folhas. Lindíssimo, eu achava...
Quando minha avó saiu da casa para morar com suas filhas em Porto Alegre, levou meu vaso preferido com ela. Não recordo quantas outras coisas suas ela levou então. Só me vez falta aquele lindo vasinho de vidro. Afinal, esqueci, cresci, tornei-me adulta e o vasinho verde perdeu-se na minha memória.
Pois não é que ele voltou pra mim!!??
Acreditem! Minha madrinha Blanca, filha de Vó Cecília, numa das idas a Arroio para rever a terrinha, deixou com minha mãe, junto com um bilhete amoroso, o meu vasinho dos tempos de infância. E o mais surpreendente é que eu nunca havia comentado sobre a história do vasinho com ela...

É ele que ilustra estas minhas memórias, agora na mesa da sala de minha casa.

terça-feira, maio 29

Brrrrrrrrrrrrr......tá um frio duca em Porto Alegre!


Tela: Winter landscape with church
Caspar David Friedrich
(pintor romantico alemão (1774/1840)




Lovers - René Magritte


como num quadro de Magritte

existe ar

entre dois corpos

que se atraem

é por ali que se respira

(Ana Peluso)


lembrar alguém
descolado
irreverente
libertário
que não arranha alheias liberdades
e desconhece
contente
os protocolos
é quase ser feliz

amigo bem-amado
sempre capaz de voar
e rir e comover

tudo que diz e faz
fala de novos caminhos
e de paz
de um mundo delicioso
inexplicavelmente íntimo
e amoroso
como um ninho

de que galáxia em flor
você voou?

(Adelaide Amorim)

domingo, maio 27

Tela: Automate (1927)
Edward Hopper

...Temo perder o amor que nunca tive
ou o amor que tenho sem saber ao certo.
Temo o olhar que vem desses seus olhos
e a falta desse olhar me desepera...

(Adelaide Amorim)



Tela: Edouard Manet
Casa de Monet


Os jardins de Monet
estão entrando
pela minha janela
(Luiz Antonio Solda)



sábado, maio 26

Distância


Impossível que tanta energia,
contida no sentimento,
que tanta energia
contida,
que implode surda
dentro de nós;

Impossível que esta energia,
que reboa em angústia
pelas cavernas do peito;
impossível que esta emoção,

que esta mistura
de ânsia e saudade,
que este ente,
feito de culpa
e amor impedido;

Impossível que este ser,
insensato,
feito de distância e nunca mais,
não jogue suas emanações
aos quilômetros,
às mentes,
aos sentidos que aguardam
do outro lado do mundo;

Impossível que este sentimento,
mudo,
feito só de vibrações,
não seja percebido pelas pessoas certas,
em certa hora,
inesperadamente,
como um não sei quê
que trasmite a certeza de serem amados.
(José Antônio Silva)


sexta-feira, maio 25

QUASE


por minhas próprias pernas
cheguei bem perto da estrela da manhã

traiu-me a ponte da tarde
antes da hora lançada
e revoadas de fatos sem futuro
se atravessaram entre mim e a estrela
o céu se fez escuro mineral
fanaram cedo as flores do desejo

a viagem antiga só recomeçou
muito depois do meio do caminho
:
da estrela da manhã
nem um sinal

(adelaide amorim)




Déja vu



atalhos são

reincidências

(Ana Peluso)


quinta-feira, maio 24

Um pouco de Vivaldi



Nulla in mundo pax sincera
sine felle, pura et vera,
dulcis Jesu, est in te.
Inter poenas et tormenta
vivit anima contenta
casti amoris sola ape.





Não somos mais
Que uma gota de luz
Uma estrela que cai
Uma fagulha tão só
Na idade do céu

Não somos o que queríamos ser
Somos um breve pulsar
Em um silêncio antigo
Com a idade do céu

Calma
Tudo está em calma
Deixe que o beijo dure
Deixe que o tempo cure
Deixe que a alma
Tenha a mesma idade
Que a idade do céu

Não somos mais
Que um punhado de mar
Uma piada de Deus
Ou um capricho do sol
No jardim do céu

Não damos pé
Entre tanto tic-tac
Entre tanto Big-Bang
Somos um grão de sal
No mar do céu

(Jorge Drexler)


terça-feira, maio 22



















Foto: The little mermaid - Kopenhagen
by Eduardo Kasper



Certas noites eu navego
vou ao léu
ao encontro do céu
certas noites eu me entrego
Certas noites eu naufrago
bebo o breu
que pinta o céu
certas noites eu me afogo

Mas volto à tona,
volto à flor d'água
sou marinheira
de mil viagens
solto meu canto

volto sereia
deslumbro
encanto
fascino
seduzo
atraio
cativo
enredo
engano
desfaço
maltrato
tiro o compasso..

(Eliane Stoducto)

but...

she se esfinge de nothing
(e esfinge tão well)
she se esfinge de all
(e esfinge tão mal!)
Se esfinge de whore
(e esfinge tão more!)
She se esfinge de
pure
(e esfinge tão mal!!!)
(Vica - Paulo Bauler)



segunda-feira, maio 21




"...Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar para aprender a viver

e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
prá receber daquilo que aumenta o coração..."

(Mafalda Veiga)


Au milieu de ma vie, j'ai encore appris
C'que j'ai appris, ça tient en trois, quatre mots :

Le jour où quelqu'un vous aime, il fait très beau,
j'peux pas mieux dire, il fait très beau !

C'est encore ce qui m'étonne dans la vie,
Moi qui suis à l'automne de ma vie
On oublie tant de soirs de tristesse
Mais jamais un matin de tendresse !
(paroles de
Jean-Loue Dabadie, qui Jean Gabin chante)


domingo, maio 20

No fim do domingo,

relendo Quintana



...e ouvindo Norah Jones


porque, como diz Carpinejar, "metade do que vivo é imaginação. A outra metade é conseqüência".



Espelho

Tela: Lady Lillith
Dante Gabriel Rossetti(1828/1882)

Quem é essa dona
que a imagem reflete
e que me contempla
no espelho do lago?
É fada? Demônio?
É viva? É morta?
Será que é miragem?
Concreta, palpável?
Ou inacessível?


Quem é essa peça
tão indefinível
de quem visto a pele
e habito a carcaça?

(eliane stoducto)



sábado, maio 19




Depois da fúria de um furacão
depois do fogo de uma paixão
ardente
qual lavas de um vulcão
entre os escombros
pode haver vida latente

Cuida da terra qual lavrador
rega com amor o seu coração
descrente
que ao sol da manhã
entre ruínas
germinará a semente

Grita se for preciso
tenta achar a saída
que a esperança perdida
vai renascer

Eliane Stoducto

Eros Caótico - Eliane Stoducto

Tela:
Phaeton (detalhe)
Gustave Moreau


Este meu Eros caótico
às vezes tão pacato
em certos dias
traveste-se
de feroz Thanatos




sexta-feira, maio 18

Tela:
Paul Gauguin
D'où venons nous? Qui sommes-nous? Où allons-nous?
(De onde viemos? Quem somos? Para onde vamos?)


As pessoas, quando educadas para enxergarem claramente o lado sombrio de sua própria natureza, aprendem ao mesmo tempo a compreender e amar seus semelhantes.
(Jung)



Na bruma leve das paixões que vêm de dentro
Tu vens chegando pra brincar no meu quintal
No teu cavalo peito nu cabelo ao vento
E o sol quarando nossas roupas no varal

Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais

Tu vens, tu vens
Eu já escuto os teus sinais

A voz do anjo sussurrou no meu ouvido
E eu não duvido já escuto os teus sinais
Que tu virias numa manhã de domingo
Eu te anuncio nos sinos das catedrais

(Anunciação - Alceu Valença)

quinta-feira, maio 17



É a imagem na mente que nos une aos tesouros perdidos,
mas é a perda que dá forma à imagem."
(Colette)



quarta-feira, maio 16




Tout le monde est une drôle de personne
Et tout le monde a l' âme emmêlèe
Tout le monde a de l'enfance qui ronronne
Au found d'une poche oubliée
Tout le monde a de restes de rêves
Et de coins de vie dévastés
Tout le monde a cherché quelque chose un jour
Mais tout le monde ne l' a pas trouvé.
(chanson de Carla Bruni)


Tela: Frederick Childe Hassam
pintor americano 1859/1935

"A medida que o tempo passa, a tinta velha em uma tela muitas vezes se torna transparente. Quando isso acontece, é possível ver, em alguns quadros, as linhas orginais: através de um vestido de mulher surge uma árvore, uma criança dá lugar a um cachorro e um grande barco não está mais em mar aberto. Isso se chama
Pentimento porque o pintor se arrependeu, mudou de idéia. Talvez se pudesse dizer que a antiga concepção, substituída por uma imagem ulterior, é a forma de ver, e ver de novo, mais tarde".
(Lilian Hellman)



segunda-feira, maio 14

Trovejei, esbravejei e esperneei contra as altas cabeças-pensantes que definiram o molde do FRONTEIRAS DO PENSAMENTO, contra a posição tacanha e intransigente de não abrirem para outros interessados "avulsos" as vagas dos inscritos ausentes. Mas clamei para um deserto estéril!
Encontrei eco não entre eles, é claro, pois, afinal, não vão admitir que meu argumento tem consistência, que não devem saber contar cadeiras vagas na platéia ou então que esta é uma tarefa muito rasa para eles, os grandes organizadores de eventos.
Muito bem: quem pode, pode. Quem não pode, grita!
Gritei e sensibilizei um amigo. Um dos tantos que mais dia, menos dia, vai deixar seu lugar vago na platéia pois outro compromisso mais importante impedirá que ele lá esteja. Um Amigo e quem tem amigos tem tudo! Amizade consolidada, apesar do tempo e a distância dizerem não, como diz a canção de Milton Nascimento . Um REI. Aliás, coincidentemente com as mesmas iniciais de outro rei de muitos. Este, é de poucos, mas vale muito mais!
Gestos como este amolecem meu coração e confirmam minha crença de que a Humanidade já deu certo!

domingo, maio 13




Você, a espada
eu, a taça,
recipiente,
copas


nos encaixamos,
mais que perfeitos,
nessas
trocas

(Eliane Stducto)





quinta-feira, maio 10

assim

After de Ritz - Susan Conti


garantia
é se saber de partida
estar sempre a caminho
de alguma porta
um porto
- e por melhor que esteja a festa
estar de despedida
(Adelaide Amorim)




quarta-feira, maio 9


Coloridos
e sombrios
os labirintos
da alma,
onde me perco,
me agito,
me desavenho,
reflito,
me acho
e encontro
a calma...

(Eliane Stoducto)


Tela de Jean Michel Basquiat



terça-feira, maio 8

Hoje é um dia especial



Aniversário da Mariaaaaaana....
E vou repetir as fotos de uma postagem já feita quanto a este nome de pessoa tão especial para mim

















O quadro acima, à esquerda, é de John Waterhouse, Mariana in the South, feito em 1897
e o outro, é o perfil de Mariana Kasper, que hoje faz 16 aninhos.
Mais de cem anos separando as duas criaturas de perfís tão idênticos... Como disse da primeira vez: milagre dos elétrons reciclados!
Milagres à parte, parabéns lindinha. Torço por ti sempre!



Manhã


o que me falta impele
motivos de mudança
muitas faces
e tudo me enamora

o que não foi
ilumina outros caminhos
o amor que não deu certo
já não sangra
mas alimenta a vida que me espera
além da porta
manhã de inverno ao sol
(Adelaide Amorim)

segunda-feira, maio 7

Um registro especial

Quando falei sobre as esculturas de Bernini - as minhas preferidas - esqueci de fazer um registro especial:

VITÓRIA DE SAMOTRÁCIA
- a mulher alada -

Tenho uma fascinação especial por esta misteriosa escultura. Muito maior do que pela famosa Vênus de Milo e certamente quando eu for a Paris, vou ao Louvre, onde ela está em lugar de destaque numa das escadarias, para conhecê-la pessoalmente.
Ela representa a deusa Atena Niké (Atena que traz a vitória), cujos pedaços foram descobertos em 1863 nas ruinas do Santuário dos grandes deuses da Samotrácia, na ilha do mesmo nome, no Mar Egeu. Fazia parte de uma fonte, com a forma de proa de embarcação, em pedra calcárea, doada ao santuário provavelmente pela cidade de Rodes. Em grego, o seu nome é Niki tis Samothrakis (Νίκη της Σαμοθράκης).
Foi criada por volta de 190 a.C (período helenístico) e possui 3,28 metros de altura.
Mas, afinal, quem foi Samotracia?
Conta a história que um escultor grego, sem muita fama e com um currículo artístico minguado, teria sido o criador desta mulher alada, tida como "a beleza em velocidade", uma obra-prima da época helenística. Para exaltar a originalidade de seu estilo e a imponência de sua forma, foi decidido que a criação de Pythocrito de Rhodes deveria ficar em um local que chamasse a atenção, preferencialmente bem no alto, no topo de algo, olhando para o mar aberto.
E assim foi feito... A mulher alada foi colocada na proa de um navio, indicando a vitória de Rhodes sobre Antiochus III (222-187 B.C.). Esta era uma maneira comum dos gregos expressarem sua homenagem aos heróis de guerra. A Vitória de Samotracia foi concebida através da união de seis blocos de mármore, uma tradição da escultura grega, que costumava utilizar diferentes pedaços de pedra para esculpir suas obras de arte. Depois de séculos, ela acabou sendo descoberta por Charles Champoiseau, arqueologista e cônsul francês em Adrianople, em uma colina na Ilha de Samotracia, daí a razão de seu nome. Destruída pelo revezar do tempo, o arqueologista a encontrou fragmentada em 118 pedaços. A estátua só foi remontada no próprio Museu do Louvre, quando por lá aportou em 1864. No entanto, um dos mistérios que rodeiam Samotracia nunca foi solucionado: sua cabeça parece ter se perdido para sempre. Ainda nos dias atuais, ela é tida como uma das maiores expressões de arte da Era Helenística.

Para refrescar a memória, a Era Helenística marcou a transição da civilização grega para a romana.
Convencionou-se chamar de civilização helenística aquela que se desenvolveu fora da Grécia. Esse período histórico situa-se entre 323 a.C., data da morte de Alexandre III (Alexandre, o Grande), e 30 a.C., quando se deu a conquista do Egito pelos romanos.


(réplica exposta no MNBA)


No Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) do Rio de Janeiro, existe uma das últimas moldagens/replica da imagem feita em gesso e que pode ser vista pelos visitantes.

E para quem é fashionista, uma informação adicional: a grife mineira Alphorria, inspirou-se nesta famosa obra quando lançou sua coleção primavera-verão 2003-2004, conforme o texto abaixo que tentei lincar mas não consegui. (não lembro mais como se digita as famosas tags de html)
Este é o endereço:
http://www.assuntodemodelo.com.br/Noticias_Det.asp?Cod=7&id=219

"A Vitória de Samotrácia, uma das mais famosas obras do Museu do Louvre, inspirou a coleção primavera-verão 2003-2004 da Alphorria. Conhecida como Deusa da Vitória pelos gregos, ela foi encontrada, no Mar Egeu, na ilha de mesmo nome, em 1863, em forma de fragmentos de mármore, que depois foram restaurados em Paris.

A Alphorria encontrou identidade nessa escultura alada, feminina, com vestes transparentes e cintura definida. Imagem da mulher idealizada pela marca, ela inspira os panejamentos, os drapês e as moulages criadas para a coleção.

A partir das formas da Vitória de Samotrácia, a coleção entra no universo das asas, explorando também asas de borboletas, asas de pássaros, asas de avião. Os corsets são o fio condutor do desfile e suas amarrações estão presentes em tops, vestidos, cintos. A linha da cintura ganha destaque, assim como os ombros e o busto, realçado em bojos estruturados. A silhueta feminina é marcada por barbatanas inspiradas nos esboços deixados por Leonardo da Vinci, um grande estudioso dos objetos voadores.

As costuras em relevo lembram os veios de asas e os babados em casacos e saias também remetem a esse movimento. O jacquard navalhado, no mesmo espírito, é valorizado por bordados em contas e pedrarias. O plissê compõe panejamentos e volumes. A atmosfera é sempre sexy e feminina.

Vestidos longos fecham o desfile deixando o corpo à mostra: suas formas vazadas destacam a cintura. Os comprimentos vão do mini ao longo, passando pelos joelhos e a cartela de cores destaca o branco, jade, jade claro, violeta, preto, romã e romã claro.

Musseline de seda, cetim stretch, acetinado stretch, algodão lycra, jérsei, musseline de malha, tule e cetim de seda são os tecidos usados pela Alphorria nessa coleção".

De nada, às ordens!

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domingo, maio 6

Apesar do aniversário ser da mamizita



ela é que foi a estrela, o centro das atenções.



Afinal, está caminhando!


mas depois de tanto exibicionismo, não resisitiu ao soninho reparador







Mas há a vida que é para ser intensamente vivida, há o amor.
Que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata.
Clarice Lispector




sábado, maio 5

Finalmente...

um "não direitoso" no Ciclo de palestras" promovido pela COPESUL. Aliás, estou indignada com o formato deste ciclo. Ou você paga/assiste a todos os palestrantes mesmo que o assunto abordado por eles não te interesse ou não tem conversa. Você precisa comprar o pacote todinho.
Ora, vejam só!!!!
Meu avô, José Kasper Fº, baixou em mim aliás, ele faz isto freqüentemente quando estou indignada com alguma coisa e quero registrar meu protesto. Ele sempre vem em meu socorro pois foi especialista nisto. Desta forma, psicografei "nosso" protesto e enviei para os organizadores de tal evento. Taí, mais uma prova de que tornar-se uma pessoa esclarecida, mesmo com a maior boa vontade, não é privilégio de todos. Começando pelo preço do pacote... salgadíssimo!
Esta próxima terça-feira vai ser a exceção: não vou trovejar contra os organizadores do ciclo por não poder participar nos moldes que pretendia. Dou boas-vindas a Bernard-Henri Lèvy - a bola da vez - que, apesar de toda a mise-en-scène, tem consistência e que gostaria muito poder ouví-lo ao vivo e a cores.
Lamento não poder participar deste momento e ABAIXO!!!!!! essa organização quadrada e excludente, pra não dizer outros improprérios que na verdade gostaria dizer!

Meio que...



Ando meio que drogada,
meio que apaixonada,
exalo nicotina e paixão.
Ando meio que bonita,
meio que aflita,
entre a taquicardia e o tesão,
Ando meio que contente,
meio que doente.
Pra ser feliz,
estou por um triz...
Ando meio que surtada,
meio que amada...
Ando meio que..
meio que...
sei não!
(Eliane Stoducto)



quinta-feira, maio 3

Enquanto Bernini não vem...

Ouçam Accidentally in love do Counting Crows que está na trilha sonora de SHREK2 A música combina muito bem com o clima do filme além de nos fazer sair dançando pela casa enquanto a ouvimos.
É ótima! Ah... e o filme também.




Estudos para o papo sobre arte para o próximo encontro da Confraria: Escultores
Eu escolhi meu preferido, of course - Gian Lorenzo Bernini, cujas esculturas - a maioria em mármore - espalhadas pela cidade de Roma nas inúmeras fontes , na Colunata que circunda a catedral do Vaticano e na Galeria Borghese (também em Roma) que são tão perfeitas que só faltam falar tal qual a tela que ilustra este post e que trata da interpretação que o pintor romântico francês Jean Léon Gerome (1824/1904) deu à Galatéia e Pigmalião, personagens da Mitologia Grega.
Assim, minha próxima postagem vai tratar de Gian Lorenzo Bernini. Mais precisamente de algumas de suas esculturas que eu considero maravilhosas!



(Para quem não curte Mitologia, Galatéia foi uma criação de Pigmalião que a criou pois achava que as mulheres tinham muitos defeitos. Como era escultor resolveu criar a mulher perfeita - esculpindo-a em marfim - cuja beleza nenhuma mulher de verdade poderia comparar-se. E como não poderia ser diferente, apaixonou-se por sua criação).



quarta-feira, maio 2

Yo no creo en bruxas...

Há dias que venho reparando a incrível coincidência entre o "contiudo" de minhas postagens ou meus propósitos pessoais - que às vezes não constam aqui - e as citações do Citador, aí ao lado. As frases são aleatórias... eu não escolho "o pensamento do dia" Bem umas três vezes isto aconteceu: faço minha postagem e no dia seguinte tá lá uma citação que complementa ou avalisa o que eu disse. Sátiros em ação, inconsciente coletivo, sei lá... sei que isto me deixa encafifada! Diabo de coincidência, pô!



Exptectations
Sir Laurence Alma Tadema
(1836/1912)