domingo, dezembro 31

Que 2007 seja Zen para toda Humanidade


















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"O ódio não destrói o ódio,
só o Amor destrói o ódio.
Sêde como o sândalo,
que perfuma o machado que o corta."
(Buda)

sábado, dezembro 30

A estrela de 2006 - Eduarda
















Agora que se tornou independente, pois está engatinhando, aliás, arrastando seu bundão cheio de fraldas pela casa, se movimentando sentada, remando - li-te-ral-men-te - com as pernas para sair do lugar, parecendo um parafuso de rosca, ela sai a fazer descobertas...
















o closet, parece ser seu local preferido. A moca da hora. A avó e a tia coruja, esta que vos fala, surprenderam a danada colocando as roupas abaixo e examinando peça por peça. Como se estivesse fazendo uma seleção: "está é legal"...hummmm esta daqui, um tanto quanto démodé..." (sim, ela já sabe algumas expressões em francês afinal, tá no sangue isto de gostar de línguas estrangeiras, n'est pas?).
Acompanhar o crescimento e as descobertas do primeiro ano de vida de Eduarda foi um dos grandes presentes de 2006 para a familia e para mim, especialmente.


sexta-feira, dezembro 29

Calcanhar de Aquiles





















Pra que que eu fui lembrar dos olhos dele
Jabuticaba madura
Coração cabeça-dura
Teima, bate até que fura
Desconjura e negaceia
Feito lobo em lua cheia
Na cadeia desse olhar
Que arrepia, esfria-se e me dá
Taquicardia, falta de ar
É o coração que desce pro calcanhar de aquiles
Doce suplício do amor
Faquires tiram partido da dor
Que bate, come e repinica
Feito fome de lumbriga
Na barriga da miséria
Coração cabeça velha
Me virando do avesso
Inventei qualquer pretexto
Fui pedir para voltar
Cheguei no prédio errei de andar
No elevador um gordo me dá
Um pisão no calo
Que me enxotou de lá mancando
Sei que esse amor vai ficar sangrando
No peito e no calcanhar de aquiles
Doce suplício do amor
Faquires tiram partido da dor
Que dá lembrar dos olhos dele.

(J.Garfunkel/P.Garfunkel)

Drummondiando...













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Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar,
desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta,
e o que, na brisa marinha,é sal,
ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho,
e uma avede rapina. Este o nosso destino:
amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.

quinta-feira, dezembro 28

Et si tu n'existais pas













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Dis-moi comment j'existerais.
Je pourrais faire semblant d'être moi,
Mais je ne serais pas vrai.

(un petit peu de français...)

You are my sunshine


















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My only sunshine.
You make me happy,
When skys are grey.
You never noticed,
How much I love you.
So please don't take my sunshine away.

quarta-feira, dezembro 27

Itamar Assumpção/Alice Ruiz













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se
a
obra
é
a
soma
das
penas
pago
mas
quero
meu
troco
em
poemas

A chave


















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eu tenho a casa mas não sei a porta
eu sei a porta mas não tenho a chave
eu tenho a chave mas não sei aonde
essa chave cabe

da estrada até a casa
é um longo caminho tamanho
que caminho como se caminhasse
uma pessoa estranha

(Mario Gallera/Paulo Leminski)

Andança





















No passo da estrada só faço andar
Tenho a minha amada a me acompanhar
Vim de longe léguas cantando eu vim
Já não faça tréguas, sou mesmo assim
Me leva amor
Por onde for quero ser seu par

(Edmundo Souto, Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi)

Flor de cheiro













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você tem o cheiro de uma flor
que eu não me lembro mais
lilás jasmim incenso amor perfeito e sassafrás
flores de muito tempo atrás


(Paulo Leminski)

Invisível


















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você se move
como se uma legião invisível
te aprovasse
você se vai
como se de longe
você mesmo
se chamasse
você me vem
como se só em mim
enfim
você em você
chegasse

(poema: Alice Ruiz voz: Zélia Duncan)

terça-feira, dezembro 26

É só começar


















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ninguém precisa
ter talento
pra transformar
caso em descaso
já o contrário
é que é o caso
se você não tem
lamento
é preciso ser forte
é preciso ser fraco
é preciso ganhar e perder
o juízo

sai dessa pose
pára de pensar
no prejuízo
e segue em frente
tem hora pra se chegar
tem hora pra se afastar
não sabe como?
é só começar

Alzira Espíndola e Alice Ruiz
voz: Zélia Duncan

GATOS, existem muitos por aí...















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mas como este daí, poucos...
Conheço um parecido só que não tem olhos azuis.

Mas é gremista, pra compensar a falta do olho azul!
Se bem que o azul anda em baixa por estas bandas do sul do Brasil...

Só faltaram Fê e Casmurro


















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pra festejarmos o Natal de 2006. E eu porque fiz a foto. Ninguém sorria daí contei a história de Fernando, marido de uma amiga que fez o mesmo certa vez quando fotografava e ninguém sorria para a foto. Colocou a mão "lá", e com a máquina em punho gritou: "olha o passarinho!!!"Não preciso dizer que todo mundo caiu na gargalhada e a foto ficou ótima como esta daí. E, em homenagem aos colorados, Ricardo vestiu a camiseta do Campeão do Mundo!

sexta-feira, dezembro 22

Quando você me apareceu


















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foi como se uma profecia
se cumprisse
como se minha utopia
realmente existisse
tudo ficou cintilante
com brilho de purpurina
e aconchego de lamé
tudo o que eu dizia
parecia uma alegoria de você
mas descobri que você
não nasceu pra ser
o meu traje de gala,
nem meu prêt à porter
não dá prum esporte fino,
um modelito soierie

fora isso,
pode escolher a categoria
luxo ou originalidade
na realidade é teu
o prêmio máximo
no quesito
fantasia

(Alice Ruiz)

Só assim eu me sentia segura












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de mãos dadas com minha mãe. De preferência, agarrada às duas mãos dela! Se ela tivesse me faltado naquela época, certamente não teria sobrevivido. Longe dela eu perdia meu prumo.

quinta-feira, dezembro 21

QUADROS MODERNOS


















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Pode ser
Flores de Monet
Mar de girassóis
Tudo é tão comum
Sem ter você

Pode ser
Tela de Guignard
Sol de Renoir
Cores de cristal
iluminando o dia

Pode ser
Filme de Godard
Torres de Gaudi
Um desenho a giz
Vou ser feliz

Pode ser
E que seja assim
Se é pra sonhar
Não seja no fim

Pode ser
Chuva da manhã
Curvas de Rodin
Tudo é tão comum
Sem ter você

Pode ser
Sonhos de Dali
Traços de Miró
Só a sua luz me ilumina a vida

Pode ser
O Abaporu
Portinari azul
Tudo é tão igual
É tão comum

Pode ser o que imaginar
Sem você aqui
Só resta sonhar

(Toninho Horta)

They Can't Take That Away From Me













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The way you wear your hat
The way you sip your tea
The memory of all that
No no they can't take that away from me
The way your smile just beams
The way you sing off key
The way you haunt my dreams
No no they can't take that away from me
We may never never meet again, on that bumpy road to love
Still I'll always, always keep the memory of
The way you hold your knife
The way we dance till three
The way you change my life
No no they can't take that away from me
No they can't take that away from me
We may never never meet again, on this bumpy road to love
Still I'll always, always keep the memory of
The way you hold your knife
The way we dance till three
The way you change my life
No no they can't take that away from me
No they'll never never never never take that away from me

(lyrics from the Great American Songbook - Rod Stewart)

quarta-feira, dezembro 20

Once in a while













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From bad luck
I'm walking away
I'm not getting stuck
I'm not gonna stay
To good things
I'm moving ahead
I'm tired of dying
I'm living instead

Once in a while
I'll wake up
Wondering why we gave up
But once in a while
Comes and it fades away

The sun's up and lighting the sky
I never could see it
It just passed me by
Good things keep moving along
I'm not looking backward
For something that's gone

Once in a while
I'll wake up
Wondering why we gave up
But once and a while
Comes and fades away

I don't know what love is
I'm selfish and lazy
And when I get scared
I can act like I'm crazy

When I think of your kisses
I'm still gonna smile
I'm still gonna miss you
Once in a while
Once in a while

Once in a while
I'll wake up
Wondering why we gave up
But once in a while
Comes and it fades away
Good things keep moving ahead
I'm tired of dying
I'm living instead

(lyrics from Half perfect world - Madeleine Peyroux)

Uma das poucas, senão a única












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vez que ela - Vó Cecília - nos concedeu o privilégio de posarmos com ela, numa fotografia.Ela era severa, arisca, de poucas palavras mas se impunha soberana pela simples presença. Só fui enfrentá-la quando adolescente e mesmo assim, pagava um preço muito caro. Repartia com ela o quarto de dormir (ou era ela quem fazia esta concessão pois a casa era dela?) e até hoje tenho na memória o cheiro dela. Às vezes, me surprendo sentindo em mim aqueles cheiros... do sabonete que ela usava, das suas roupas e o cheiro dela própria. Ricardo era, de longe, o neto preferido (repare na foto: ela segura a mãozinha dele). Quanto a mim, até hoje não sei definir exatamente o quanto nos amávamos ou nos odiávamos, talvez por termos gênios parecidos, sei lá... Outro detalhe que amo nesta foto é a maneira que Jorge põe o braço sobre meu ombro.Protetor e amoroso como ele sempre foi.

Foto: outra, do Francisco Henrique, filho de Cecília.
Ah, e o meu nariz está, atualmente, igualzinho ao dela!

A Bela e a FERA


















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Ouve a declaração, oh bela
De um sonhador titã
Um que dá nó em paralela
E almoça rolimã
O homem mais forte do planeta
Tórax de Superman

Tórax de Superman

E coração de poeta

Oh bela, gera a primavera
Aciona o teu condão
Oh bela, faz da besta fera
Um príncipe cristão
Recebe o teu poeta, oh bela
Abre teu coração
Abre teu coração
Ou eu arrombo a janela

(Chico Buarque)

segunda-feira, dezembro 18

Impressão


















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foi você chegar e virou canção
tudo se encantou,
conectou
você me abraçou
mão na minha mão
e tudo vibrou
eletrizou
quase foi paixão
quase foi amor
ou foi impressão?

se foi impressão
não quero saber
não quero perder
a impressão
essa impressão
ninguém tira de mim

tive a impressão
que você preferia ficar
você já foi
foi a tua impressão
que ficou
tua impressão
ninguém tira de mim

quase foi amor
quase foi paixão
foi impressionante...

(Alzira Espíndola e Alice Ruiz)

O colar de Carolina


















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Com seu colar de coral,
Carolina
corre por entre as colunas
da colina

O colar de Carolina
colore o colo de cal,
torna corada a menina.

E o sol,
vendo aquela cor
do colar de Carolina,
põe coroas de coral

nas colunas da colina.

(Cecilia Meireles)

E esta, que tal?















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Ai, meu deus! bateu saudades dos antanhos! Visitando minhas fotos antigas, achei outra gracinha. Somos nós, Jorge, eu e Ricardo, prontos para a missa dominical. Certamente estávamos esperando Vó Cecilia que deveria estar brigando para ajeitar a linha da meia nas pernas... (sim, antigamente, as meias eram separadas - não havia as meias-calças - que tinham uma costura preta atrás, dividindo a perna com um risco, aliás, chiquetérrimo - de cima até o calcanhar. Mas, vó Cecília tinha um problema: pernas cambotas que dificultavam esta tarefa e a deixavam num mau-humor que só nós sabíamos...

Os créditos da foto:
Francisco Henrique Kasper, meu pai


E repetindo até me ouvirem...













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que é por aí que gostaria de descer a ladeira
e perder o freio devagar!

domingo, dezembro 17

APRENDI













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"Aprendi com a primavera a me deixar cortar.
E a voltar sempre inteira."
(Cecília Meireles)