quinta-feira, janeiro 31
quarta-feira, janeiro 30
vem meu rei,
que a cama é pequena
mas o coração é king-size.
Dito por czarina das quinquilharias do Blog de Sete Cabeças
terça-feira, janeiro 29
Verde que te quero verde
Depois, os humanos.
Em geral, é assim que vejo as coisas.
Ou, pelo menos, é o que tento.
(do livro A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS)
Esta notícia está lá, na A voz do Bugio
segunda-feira, janeiro 28
RETRATO EM BRANCO E PRETO
Tom Jobim/Chico Buarque
Já conheço os passos dessa estrada
Sei que não vai dar em nada
Seus segredos sei de cor
Já conheço as pedras do caminho
E sei também que ali sozinho
Eu vou ficar, tanto pior
O que é que eu posso contra o encanto
Desse amor que eu nego tanto
Evito tanto
E que no entanto
Volta sempre a enfeitiçar
Com seus mesmos tristes velhos fatos
Que num álbum de retrato
Eu teimo em colecionar
Lá vou eu de novo como um tolo
Procurar o desconsolo
Que cansei de conhecer
Novos dias tristes, noites claras
Versos, cartas, minha cara
Ainda volto a lhe escrever
Pra lhe dizer que isso é pecado
Eu trago o peito tão marcado
De lembranças do passado
E você sabe a razão
Vou colecionar mais um soneto
Outro retrato em branco e preto
A maltratar meu coração
quinta-feira, janeiro 24
ainda O DIA DO CURINGA
"O tempo não passa, e não é um relógio. Nós passamos e são os nossos relógios que fazem tique-taque. O tempo vai devorando tudo através da história, silenciosa e inexoravelmente. Ele devora civilizações, corrói antigos monumentos e engole gerações atrás de gerações. Por isso é que falamos dos "dentes da engrenagem do tempo": o tempo mastiga, mastiga... e somos nós que estamos no meio de seus dentes".
terça-feira, janeiro 22
...e porque estou fora de casa
lá vai mais uma do livro DIA DO CURINGA:
"Tudo parece tão planejado, tão bem pensado e tão organizado... Acho que somos cartas num monte e não conseguimos ver quem ou o que decide se vai nos virar sobre a mesa ou se vai nos deixar no monte..."
sábado, janeiro 19
sexta-feira, janeiro 18
quarta-feira, janeiro 16
Então a memória nos trai
E a antiga vida principia a desaparecer.
Algumas palavras.
Alguns sons.
Alguns cheiros.
E tudo o que parecia indivisível
desvanesce por inteiro.
Então a lembrança nos distrai.
E as vozes não nos chamam mais.
E o futuro se reveste de paz.
E então
o passado não mais nos atrai.
E nem mesmo o presente.
(sente!)
E tudo é só bruma e névoa e esquecimento.
Pezinhos de crianças em calçada de cimento.
da cabeça de Moacir
Antes era assim...
Agora ficou deste jeito. Graças à conscientização de alguns porto-alegrenses em preservar prédios antigos.
terça-feira, janeiro 15
avesso
Eu tenho uma falha mecânica nos olhos
e um metal enferrujado no joelho.
Tenho cartas específicas nas mangas
e uso colete à prova de balas de hortelã.
Eu sou o destinatário
das enormes e lacradas cartas que eu não remeto.
Márcia Carneiro, da série POEMAS NO ÔNIBUS, 15ª edição
É cria de AZI Atelier de Criação
Editorial | |
Seis personagens integram a peça, que recria a atmosfera poética do autor sob a ótica de Paulo Bauler e a direção e a atuação de Marcos Barreto. O espetáculo mostra um pouco desse louco, desse Quixote, desse ser que em alguns momentos se faz chapliniano, que encontra ternura e humanidade na tragédia.
segunda-feira, janeiro 14
Luiz Antonio Solda, o poeta da hora
como se eu
me embaraçasse
pela chuva
na janela
como se a chuva
esperasse
que a espera
parasse
que o vidro embaçasse
num trem
pra montparnasse
domingo, janeiro 13
Eu vou tirar do dicionário
A palavra você
Vou troca-lá em miúdos
Mudar meu vocabulário
e no seu lugar
vou colocar outro absurdo
Eu vou tirar suas impressões digitais
da minha pele
Tirar seu cheiro
dos meus lençóis
O seu rosto do meu gosto
Eu vou tirar você de letra
nem que tenha que inventar
outra gramática
Eu vou tirar você de mim
Assim que descobrir
com quantos "nãos" se faz um sim
Eu vou tirar o sentimento
do meu pensamento
sua imagem e semelhança
Vou parar o movimento
a qualquer momento
Procurar outra lembrança
Eu vou tirar, vou limar de vez sua voz
dos meus ouvidos
Eu vou tirar você e eu de nós
o dito pelo não tido
Eu vou tirar você de letra
nem que tenha que inventar
outra gramática
Eu vou tirar você de mim
Assim que descobrir
com quantos "nãos" se faz um sim
Itamar Assumpção/Alice Ruiz
sexta-feira, janeiro 11
ando com a cabeça cheia
penso por demais da conta
olha que a coisa tá feia
a qualquer hora alguém te apronta
tantas pontas desatadas
rolos que não tem mais fim
não dá pra saber de tudo
nada é tão claro assim
ando com a cabeça cheia
é melhor esvaziar
o que pesa mais é o sonho
e no pensamento ele não tem lugar
quem precisa de problema
ainda mais sem solução
de problema desse tipo
eu já tenho coleção
ando com a cabeça cheia...
quinta-feira, janeiro 10
do livro O dia do Curinga, de Jostein Gaarder
Sweetness, sweetness, I...
E quanto a mim,
Você pode sempre saber meu humor pelo adoçante do cafezinho.
Quando estou amarga de verdade,
Sempre opto pelo mais cancerígeno.
dito por czarina das quinquilharias
quarta-feira, janeiro 9
Ela é tão linda que se por acaso passarmos por um espelho logo após tê-la visto, levamos um susto! "Creeeedo! Como sou feia", certamente é a conclusão que chegamos. "Esta daí não sou eu!" E se o espelho for daqueles que aumentam, com certeza uma crise histérica se instala. "Este pescoço não me pertence!!!" e por aí vão nossas tentativas de nos convercermos. Recomendo ficarem um bom tempo sem se mirarem em espelhos após conviverem com a imagem da super, über model La Bündchen, para evitar uma grave crise de baixa auto-estima.
Distância.
E poeira.
E pernilongos.
E calor a noite inteira.
Distância.
E saudade.
E poeira.
E eu... só metade!
Distância.
Matadeira.
Distância.
E poeira.
E bem-aventurados os que estão longe,
pois deles é o Reino do Esconde-Esconde.
ROLIM MOURA, de Moacir Caetano
terça-feira, janeiro 8
melhor voar,
e ser Ícaro,
do que guardar umas asas
cheias de ácaros.
czarina das quinquilharias
segunda-feira, janeiro 7
E estas duas peças de colagens são de Joseph Cornell, do Joseph Cornell Box
Maravilhas do cartunista OSWALDO MIRANDA, o Miran
domingo, janeiro 6
sexta-feira, janeiro 4
And could paint a memory
I'd climb inside the swirling skies to be with you
I'd climb inside the skies to be with you
(Norah Jones - Painter Song )
Ainda Wisnik...
até o fim
Com você
até o fim de mim
E ver o sol
iluminar
Até esconder
O que é o amor
E o que é morrer?
Então porque não se tocar?
Abrir a porta e entrar
Achar o ouro e entregar.
Venha mesmo sem
Saber muito bem
Que se for pra saber
Não sobra ninguém
(Par ou ímpar - José Miguel Wisnik)
quinta-feira, janeiro 3
sempre tão perto de você
e há tanto tempo sem te ver
sinto você no vento
vejo você por dentro
e eu sem você
o pensamento faz sentir
pode criar e destruir
pesadelo medonho
ou inventar um sonho
para seguir
segui tanto sonho até acreditar
no instante maior que essa vida fugaz
te ver é vertigem, pensar é miragem
se o tempo parasse guardava essa imagem
mas ele acabou de passar
se existiu eu já não sei
se foi real ou viajei
se foi o meu desejo
que viu e eu não vejo
eu te inventei
sempre tão perto de você...
(Virtual - José Miguel Wisnik/Alice Ruiz)
quarta-feira, janeiro 2
Dois livros que se transformaram em filme e que estão em cartaz:
O amor nos tempos do Cólera
(Love in The Time of Cholera, EUA, 2007)
Florentino Ariza (Javier Bardem), poeta e telegrafista, encontra o grande amor da sua vida ao ver Fermina Daza (Giovanna Mezzogiono) na janela da casa do pai dela. Escrevendo cartas apaixonadas, aos poucos, Florentino conquista o coração de sua amada, mas o pai da moça fica furioso quando descobre o romance e jura afastá-los para sempre. Fermina, então, é obrigada a casar com o sofisticado aristocrata dr. Juvenal Urbino (Benjamin Bratt). Ele a leva embora para Paris por vários anos e, quando voltam a morar em Cartagena, ela ainda pensa em seu primeiro amor. Florentino também não a esqueceu. Tornou-se um rico proprietário de barcos, com muitas amantes, mas seu coração ainda bate por Fermina.
Direção: Mike Newell
Elenco: Javier Bardem, Benjamin Bratt, Patricia Castañeda, Angie Cepeda, Hector Elizondo, Laura Harring, Fernanda Montenegro, John Leguizamo, Ernesto Leszek, Marcela Mar.
Duração: 141 min.
O Caçador de Pipas
( The Kite Runner, EUA, 2007)
Dirigido por Marc Forster, o mesmo diretor de Código Da VinciAinda não fui assistir nenhum dos dois. Já li, é claro, O amor nos tempos do cólera há muito tempo atrás. Aliás, reli várias vezes pois García Marquez é mestre neste tipo de história. Ninguém como ele consegue misturar drama e comédia com tanta propriedade. Você ri às gargalhadas diversas vezes lendo as aventuras do pobre Florentino Ariza, loucamente apaixonado por Fermina Daza.
Quando terminei de ler O Caçador de Pipas, fiquei vários dias com um nó no gogó. Foi uma das histórias que mais me tocou. Estou temerosa de que os filmes não consigam passar a mesma emoção. Lembro quando fui assistir A casa dos Espíritos, baseado no livro de Izabel Allende. Foi decepcionante. Às vezes penso que melhor é ficarmos com as cenas que nossa imaginação criou. Mas enfim, acho que vou correr o risco...
Isto é o que eu chamo de um olhar de respeito!
É assim que eu pretendo ficar de olho neste 2008: pronto para dar meu pulo!
Esta foto foi publicada no blog zoobizarro
Livros,
presentes sempre bem-vindos!
terça-feira, janeiro 1
Mas a dor é velha. Como sempre.
Tá lá, no blog do solda
...e a foto é minha