BEIJA SUAVE A MINHA NUCA
...
"demorei a entender que és mulher
e carregas outonos na nuca"
Luiz Felipe Leprevost, em Ode Mundana
[...]
Um dia, li os versos epifânicos,
do amigo solar — profeta
sem saber —
que há em mim apenas outonos
para esfriar verões de acordes...
e o amigo do amigo solar
nem sabe,
do mantra que eu repeti meses a fio,
a caminhar por ruas e corredores e
antes de adormecer, recitando suave
como prece:
beija suave a minha nuca!
beija suave a minha nuca!
beija suave a minha nuca!...
de outonos adornada... e a pinta recém-nata,
gota de meu coração que vazou sobre a pele,
ou um prêmio extra que trouxe destas noites
em que adentro oceanos estranhos
e te procuro entre as estrelas naufragadas.
Um comentário:
acho que houve um pequeno equívoco. o livro noir é de autoria de bárbara lia.
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