quarta-feira, março 4


Chegar,
Como brisa que atravessa a janela.
Soprando de leve,
As brumas do passado.
Chegar,
Como o barco.
Trazendo alegrias,
Após enfrentar as procelas sombrias.
Chegar,
Como a saudade.
Que bate,
De manso, no coração.
Chegar,
Como chuva, fininha,
Mansinha, criadeira,
Necessária e tão querida.
Ficar,
Nas lembranças do passado,
Nas estampas do presente,
A retratar nosso ontem no hoje.
Ficar,
Para sempre.
Na imagem nunca esquecida,
Dos que nos são tão queridos.
A vida,
É chegar e ficar,
Para sempre.
Vida nunca será partida.

Cecília Meireles




4 comentários:

O Profeta disse...

És madeira verde
Ou apenas mulher perdida
Testemunha de berço feito de penas
Arca perdida da dor contida

Tudo isto é universo
Em límpida poça de água
Onde as conchas têm a forma de coração
Onde o sal afasta a mágoa

A ti que és minha amiga especial
convido-te a partilhar comigo o “sítio das conchas azuis”




Beijo azul

Pedro S. Martins disse...

a suavidade é um hino.

Gaspar de Jesus disse...

Mais um excelente casamento Poema-Imagem!
Parabéns
G.J.

Cynthia Lopes disse...

Ave Cecília, senhora absoluta das palavras e do sentir as palavras.
Maravilhosa escolha Liz, sempre...
bjs