quinta-feira, fevereiro 5

Foto: Google imagens


Ao sair pro meu exercício diário de caminhar, topei com uma cena rara. Não a cena em si. Mas o que ela me proporcionou depois. No chão, parecendo dar seus últimos suspiros, um colibri (ou beija-flor) de pernas para o ar. Em plena rua, na calçada. Cheguei a conclusão que ele, na sua pressa, pois é um pássaro ágil, inquieto e veloz, não se deu conta, ou não teve tempo de desviar seu vôo das janelas espelhadas do edifício onde penso que ele bateu e caiu tontinho.
Peguei aquela coisinha miudinha nas mãos em concha deixando apenas sua cabecinha e aquele bico enorme à mostra para que pudesse respirar. Caminhei algumas quadras com ele nas mãos tentando às vezes estimulá-lo a voar novamente. Mas ele permanecia ali, aconchegadinho, parecendo tão fragil...
Depois de abrir as mãos várias vezes, se aprumou, deu um pio de muito obrigado e voou. Rápido e ágil como se nada tivesse acontecido com ele.
Experiência única! Sensação de ter redimido metade dos pecados mundo.


5 comentários:

Anônimo disse...

Deve ter sido uma sensação indescritível mesmo... Eu adoro beija-flores. Tanto que tenho um tatuado na pele.
Beijos.

Cynthia Lopes disse...

Liz, maravilhosa experiência! Texto brilhante, dá para se ter a sensação exata, a gente recolhe a emoção sentida, viu. bjs

PS: Tem mais um presente para vc no meu blog, aproveite!

dade amorim disse...

Ai, quem me dera salvar um colibri e devolvê-lo a este mundo, tão necessitado de colibris, borboletas e gaivotas! ;)
Beijo e obrigada pela boa notícia.

Claudio Boczon disse...

plantei a flor de lis
e colibris

- Moisés Correia - disse...

Lá fora chove o calado momento
Que repassa na alma, ansiedades…
Saltam inquietas chamas de dentro
Do meu peito, alagadas saudades

Um fim-de-semana ensopado
De paz e harmonia…
De coração ornamentado
De muita alegria

O eterno abraço…

-Manzas-