No fundo
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Ouso matar os anos
e viver a última estação
da obra
de um homem.
Ouso mudar os planos
e morrer na primeira fração
da sobra.
E sumir...
No fundo mais fundo mais branco do tempo
ouso viver naquele azul desabitado.
No mundo de dentro me engendro, e pronto:
invento o mundo num aquário azulado.
Ouso contar as horas
e perder o tempo de parar
agora...
pra sempre...
Ouso criar histórias
e viver a história do lugar.
Do tempo
da gente.
No fundo mais fundo mais branco do tempo
ouso viver naquele azul desabitado.
No mundo de dentro me engendro, e pronto:
invento o mundo num aquário azulado.
(Dani Morreale/Renato Villaça)
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