A carta


Hoje encontrei dentro de um livro uma velha carta
                                                                        [amarelecida
Rasguei-a sem procurar ao menos saber de quem seria...
Eu tenho um medo
Horrível
A essas marés montantes do passado,
Com suas quilhas, afundadas, com
Meus sucessivos cadáveres amarrados aos mastros
                                                                           [e gáveas...
Ai de mim,
Ai de ti, ó velho mar profundo,
Eu venho sempre à tona de todos os naufrágios!
(Mário Quintana)
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário