sábado, março 31
sexta-feira, março 30
Humpty Dumpty
Lá pelas tantas do nonsence, complicado e curioso livro ALICE - Através do Espelho - de Lewis Carroll, escrito para leitores britânicos de um outro século, num contexto completamente desconhecido, pelo menos para mim, há um capítulo cujo título é Humpty Dumpty, um dos tantos personagens hilários que Alice encontra e que tem semelhança com um ovo. Uma das notas ( o livro é comentado) para explicar esta expressão seria de que a sonoridade da palavra aludiria a Ricardo III que era corcunda e manco. Aí já tem uma informação que eu, particularmente, deconhecia.
Casualmente, nestes próximos três dias, teremos oportunidade de ver a peça no Teatro São Pedro. Atores, na sua maioria, Globais o que pode causar um certo ar de desconfiança em algumas pessoas. Mas como são poucas as vezes que Porto Alegre é incluida no circuito de grandes peças ou grandes histórias, por favor, dispam-se dos pudores e preconceitos e vejam a peça mesmo que seja apenas para conhecer um pouco mais da História Universal.
quinta-feira, março 29
quarta-feira, março 28
terça-feira, março 27
Lucien Lévy-Dhrumer
Este líquido é água.
Quando pura
É inodora, insípida e incolor.
Reduzida a vapor,
Sob tensão e alta temperatura,
Move os êmbolos das máquinas que por isso,
Se denominam máquinas de vapor.
É um bom dissolvente.
Embora com exceções, mas de um modo geral,
Dissolve tudo bem, ácidos, bases e sais.
Congela a zero graus centesimais
E ferve a 100, quando à pressão normal.
Foi neste líquido que numa noite cálida de Verão,
Sob um luar gomoso e branco de camélia,
Apareceu a boiar o cadáver de Ofélia
Com um nenúfar na mão.
(Su Lee)
Essa misteriosa luz
que às vezes ilumina a frente
caprichosa inspiração,
que aparece quando quer,
conseguiu que uma vez um poeta
com muita paixão escrevesse:
"Nunca digas nunca...".
"Nunca digas sempre...".
Porém não posso com ele estar de acordo,
sei que meu coração não me mente
eu digo: "Nunca" vou te esquecer
e digo: "Sempre" vou te querer
(Juan Andrés Leiwir)
segunda-feira, março 26
C'est une chanson simple que je te donne
Aussi facile qu'elle est tendre
Tu sais ce sont parfois les mots très simples
Les plus difficiles à entendre
Laisse-toi guider au bord des mots
Et regarde au bout de tes pas
Le gouffre profond où sont jetées
Toutes ces phrases qu'on ne dit pas
Tous nos silences je les pardonne
Laisse-moi les ramener à la vie
Par une chanson simple que je te donne
Toi qui fus mon meilleur ami
Depuis que les années ont passé
Et l'avenir s'est embrumé
Regarde nous deux devenus victimes
D'être tombés entre les lignes
Si chaque instant éveille le regret
Si on n'se revoyait jamais
Quand tu penseras à celle que tu aimais
Souviens-toi que je vis en toi
Souviens-toi que je lis en toi
domingo, março 25
Où vont les coeurs brisés
Fotothing member
dans une écharpe de laine,
jetté des fleurs, des vases de porcelaine
il va couler bien des jours
sous le pont de notre amour
sans que je puisse t'oublier
J'ai accroché des rideaux gris aux fenêtres
et j'ai brûlé nos photos et tes lettres
l'amour était si pressée
de toujours vouloir s'en aller
et tout noir si vous savez
où s'en vont les coeurs brisés
quand ils ont fini d'aimer?
Même si le temps passe
rien ne te remplace
mais saurons-nous un jour
donc la vie les emporte
toutes ces amours morts
Mais certains soirs, malgré tout je te regrette
et je me dis, qu'il reste une chance peut-être
il a coulé bien des jours
sous le pont de notre amour
sans que je puisse t'oublier
puisqu'au fond les coeurs brisés
n'ont jamais fini d'aimer
quinta-feira, março 22
(Man Ray)
Je voudrais la connaître
Savoir comment elle est
Est-elle ou non bien faite
Est-elle jolie, je voudrais
Oh je voudrais la voir
Longtemps, la regarder
Connaître son histoire
Et son décor et son passé
C'est étrange peut-être
Cette curiosité
Voir enfin pour admettre
Et pour ne plus imaginer
Oh je voudrais comprendre
Même si ça me casse
Puisqu'elle a su te prendre
Puisqu'elle a pris ma place
J'sais déjà son parfum
Aussi son écriture
Ce mot doux chiffonné
Oublié dans notre voiture
J'veux voir aussi l'hôtel
Si tu y as mis le prix
Si la chambre était belle
Et si c'était un grand lit
C'est peut-être pas normal
C'est fou comme ça m'attire
Cette envie d'avoir mal
Oh jusqu'au bout, jusqu'à mourir
Oh je voudrais tout savoir
Et son âge et sa peau
Tout ce qui nous sépare
Et nous ressemble, c'est idiot
Et te surprendre avec elle
Quand t'es drôle quand t'es doux
T'écouter lui promettre
Et quand tu lui parles de nous
Je veux te voir encore
T'observer dans la glace
Et quand tu l'embrasses
Rentrer ton ventre, oh matador
Je veux vos corps à corps
Tous ces gestes oubliés
Te retrouver encore
Tel que je t'avais tant aimé
Dans ce froid dans ces cendres
Je voudrais rester là
Juste voir et comprendre
Tout ce que je ne suis pas
Hmm... ce que je ne suis pas
Oh... ce que je ne suis pas
quarta-feira, março 21
Le mot de passe
Tela: La bata rosa
(Joaquin Sorolla Bastida)
On peut penser que d'ici là
Le monde aura changé de nom
Et que rien ne résistera
Au temps qui passe, de toute façon
On peut s'attendre à retrouver
Un peu de toi dans mes chagrins
On verra bien que j'ai pleuré
Et que j'ai tenu d'autres mains
Je serai là au temps qui passe
Au temps qui a raison de tou
Je serai là comme je suis là
Devant chez nous
Je serai là comme une trace
Sur les vestiges d'un amour fou
Je serai là comme je suis là
Le mot de passe, le mot de passe
Ce sera nous
On peut penser que tu voudras
Me raconter nos retrouvailles
Faudra-t-il alors que j'y crois
Comme j'ai cru à nos batailles
On peut passer si près de toi
Sans te toucher, sans te comprendre
Il y a ces mots qui n'auront pas
Eu la patience de t'attendre
Je serai là au temps qui passe
Au temps qui a raison de tout
Je serai là comme je suis là
Devant chez nous
Je n'ai que ça d'éternité à te confier
Ces quelques heures
Où j'aurais choisi d'arrêter
Le petits battements de mon cœur
(chanson de Patricia Kaas)
terça-feira, março 20
domingo, março 18
sexta-feira, março 9
Vou-me embora pra Passárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que eu nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Passárgada
(Manoel Bandeira)
Clarividência
Se apenas enxergares nele o teu nariz,
não culpes o mágico.
quinta-feira, março 8
Fernando Pessoa
SÍMBOLOS. Tudo símbolos...
Se calhar, tudo é símbolos...
Serás tu um símbolo também?
Olho, desterrado de ti, as tuas mãos brancas
Postas, com boas maneiras inglesas, sobre a toalha da mesa.
Pessoas independentes de ti...
Olho-as: também serão símbolos?
Então todo mundo é símbolo e magia?
Se calhar é...
E porque não há de ser?
Símbolos...
Estou cansado de pensar...
Ergo finalmente os olhos para os teus olhos que me olham.
Sorris, sabendo bem que eu estava pensando...
Meu Deus! e não sabes...
Eu pensava nos símbolos...
Respondo fielmente à tua conversa por cima da mesa...
"It was very strange, wasn't it"
"Awfully strange. And how did it end?"
"Well, it didn't end. It never does, you know."
Sim, you know... Eu sei...
Sim eu sei...
É o mal dos símbolos, you know.
Yes, I know.
Conversa perfeitamente natural... Mas os símbolos?
Não tiro os olhos de tuas mãos... Quem são elas?
Meu Deus! Os símbolos... Os símbolos...
quarta-feira, março 7
terça-feira, março 6
Il dit des mots menteurs,
Et moi, je crois tout' c qu' il m' dit.
Les chansons qu' il me chante,
Les rêves qu'il fait pour deux,
C'est comme les bonbons menthe,
Ça fait du bien quand il pleut.
Je m' raconte des histoires,
En écoutant sa voix,
C' est pas vrai ces histoires,
Mais moi j'y crois!
Mon mec à moi
Il me parle d'aventures
Et quand elles brillent dans ces yeus
Je pourrais y passer la nuit
Il parle d'amour
Comme il parle des voitures
Et moi je le suis où il veut
Tellement je crois tout' c qu'il m'dit
Oh, oui
Mon mec à moi!
(Mon mec à moi - Patricia Kaas)
segunda-feira, março 5
Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar
E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você
(Chico Buarque)
domingo, março 4
sábado, março 3
Que bom se eu fosse uma diva
Daquelas bem dadivosas
Que sai vida entra vida
Ficasse ali verso e prosa
Meu olhar beirando estrelas
A provocar sinfonias
Por todas as galerias
Imagens da minha história
"Me atirava do alto na certeza de que alguém segurava minhas mãos, não me deixando cair. Era lindo mas eu morria de medo. Tinha medo de tudo quase:Cinema, Parque de Diversão, de Circo, Ciganos.."
E no instante preciso
Entre o mito e o míssil
Um rito um início
De passagem pro infinito
"Aquela gente encantada que chegava e seguia. Era disso que eu tinha medo. Do que não ficava pra sempre."
(Dadivosa Ana Carolina/Adriana Calcanhoto/Neusa Pinheiro)
sexta-feira, março 2
Um filme para ver...
Hoje vi o filme Léon, The Professional, um filme de Luc Besson, feito em 1994, com Jean Reno, Gary Oldman e Natalie Portman. A história cheia de ação (vendeta, tiros, explosões) é igual a tantas outras já mostradas em filme. A surpresa fica por conta da atuação surpreendente de Natalie Portman, na época com apenas 13 anos de idade. Quer dizer, quem é atriz, já nasce pronta. Co-mo-vente sua atuação na pele de uma menina cuja família é assassinada por causa de drogas e passa a ser protegida pelo seu vizinho Léon que é um matador profissional.
O filme é emocionante, comovente e toca o coração da gente.
Quem não viu, recomendo! Vale a pena. E ainda, de quebra, tem no final - na hora dos créditos do filme - Sting cantando Shape of my heart. Liiiindo!
quinta-feira, março 1
Não tenho bens de acontecimentos.
O que não sei fazer desconto nas palavras.
Entesouro frases. Por exemplo:
- Imagens são palavras que nos faltaram.
- Poesia é a ocupação da palavra pela Imagem.
- Poesia é a ocupação da Imagem pelo Ser.
Ai frases de pensar!
Pensar é uma pedreira. Estou sendo.
Me acho em petição de lata (frase encontrada no lixo)
Concluindo: há pessoas que se compõem de atos, ruídos, retratos.
Outras de palavras.
Poetas e tontos se compõem com palavras.
(Manoel de Barros)