domingo, julho 22




Lá vem a tua voz rouca

e esse passo fogueado

louco para me encontrar.

Desatino inteira.

Pego emprestada

a cor de cerejeira

da primeira boca que vejo.

Roubo o desejo

que ouço naquele bolero.

Finjo a calmaria das mentes sãs.

E você nem percebe

o quanto eu me desespero...

(Nidia Caldas)




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