quinta-feira, setembro 13

dos labirintos da memória














Eu me espanto com a misteriosa capacidade que nosso cérebro tem de arquivar memórias de nosso passado. Mais precisamente, dos acontecimentos, rotinas, sons e cheiros de nossa infância, por exemplo. Para mim elas voltam geralmente em sonhos. Tão reais que invariavelmente acordo. A última experiência aconteceu recentemente e me fez identificar o som do ferro de passar usado lá em casa por minha mãe, às segundas-feiras à noite, depois da janta, quando nos sentávamos à volta da mesa para ouví-la nos contar histórias enquanto ela passava um monte de roupas...
O som era do ferro à brasa, sendo colocado sobre um suporte (também de ferro) enquanto ela dobrava a roupa que acabara de passar. Um som seco de metal sobre metal. Aquele som específico que eu nunca mais ouvi nem nunca mais pensei à respeito... Como pode, pergunto, lembrar que era aquele o som que eu ouvi em sonho? Que mecanismos são acionados em nossa memória quando dormimos que este tipo de fenômeno acontece e que nos parece tão real a ponto de quase nos fazer levantar da cama para constatar que não foi um sonho?
C' est étonnant!!!
É espantoso!!

Aliás, ultimamente, é bem melhor ficarmos no mundo dos sonhos porque a vida real tá danado, não?!
Apesar de não ser surpresa, o que é o Senado brasileiro, hein???
Ça m´étonne aussi!!!!


Nenhum comentário: